Fiction Films for Co-Production








                        Natureza Morta




Sinopse: Natureza Morta é uma livre adaptação de “A Carne”, de Júlio Ribeiro, e conta a história de Lenita, uma jovem de 22 anos, criada pelo pai, que insiste para que ela se case, pois acredita que o casamento seja uma necessidade fisiológica. O pai morre. Lenita se muda para a fazenda do Coronel Barbosa, tutor de seu pai. Na fazenda conhece Maunel Barbosa, separado, porém, oficialmente casado. Vive com ele um romance às escondidas. A história toma um desfecho trágico, quando Lenita se descobre grávida.


Abordagem estética do diretor:

A estrutura narrativa segue a proposta da trilogia, que é narrar o conto, sem modificar o texto, misturando leitura e representação. Seguimos então, com o narrador presente na cena e com o narrador interno de cada personagem, sem a intenção de desconstruir a narrativa, mas trabalhar com ela, buscando uma forma de encenação teatral no cinema, sem utilizar do recurso de imagens ilustrativas.
A ambiência de sons da natureza, dos espaços vazios e trilha, serão trabalhados como elementos sonoros.



Proposta criativa visual e sonora:

A ideia de estrutura narrativa segue a mesma proposta dos dois primeiros filmes, que é o de narrar o conto, misturando a leitura do texto, sem modificá-lo, com a representação contida neste mesmo texto. Vamos nos defrontar novamente com o narrador, presente na cena e com o narrador interno, de cada personagem. A partir deste conceito, a “figura” do NARRADOR, é novamente estimulada a representar o texto sem a intenção de desconstruir a narrativa, mas trabalhar com ela.

Como continuidade da trilogia, busca-se uma forma de atuação, com um modo de dizer ralentado e contido, propondo uma encenação teatral no cinema ou um contar histórias, de maneira que se possa encenar e mostrar a cena, sem utilizar do recurso de imagens ilustrativas.

Outra questão relacionada à construção do filme, é a não cronologia; ou seja, não há uma adaptação de um tempo vivido, de um tempo real. O filme não se passa no século XIX. Na verdade, a proposta é de um deslocamento, em que a história não se passe em século nenhum. Ela se passa no momento em que acontece, em um espaço não realista. Um espaço criado e dividido em vários ambientes, onde há predominância do verde da mata, de casas tomadas de forma estranha, de uma mise-en-scène estranha, dentro de um espaço não naturalista. Um filme úmido pela atmosfera e por ser Brasil.

A ambiência de sons da natureza, dos espaços vazios e uma trilha a ser composta, como um réquiem, serão elementos sonoros a serem trabalhados, como diálogo da narrativa proposta. A ideia é criar uma atmosfera intencional, que possa causar, em alguns momentos, uma certa estranheza, em outros um respiro.

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